Cada amanhecer em uma parte do mundo traz consigo aromas, sabores e tradições culinárias distintas. O café da manhã, muitas vezes referido como a refeição mais importante do dia, é uma janela para a cultura e os hábitos de um povo.

 

De xícaras de chá na Inglaterra ao pão de queijo no Brasil, o que as pessoas escolhem para começar o dia diz muito sobre sua história, geografia e preferências culinárias.

O Café da Manhã pelo Mundo: Tradições e Delícias Matinais

Por Ivoneti Silva e Iana T. Castro Vale do Sabor
09/10/2023 às 19h07

Neste artigo, embarcaremos em uma viagem gastronômica matinal, explorando as tradições e delícias que adornam as mesas de café da manhã ao redor do globo.

 

Prenda o cinto e prepare seu apetite, pois a primeira refeição do dia nunca teve um sabor tão global!

Importância do Café da Manhã em Diferentes Culturas: Tradições e Costumes

Atualmente, é comum para muitas pessoas ao redor do globo, iniciar o dia com uma bebida aquecida e algum alimento à base de grãos ou cereais, como torradas ou aveia. Contudo, a história do café da manhã, frequentemente esquecida, revela que essa refeição nem sempre teve o destaque que tem hoje.

 

No Egito antigo, por exemplo, os trabalhadores rurais consumiam, antes de suas intensas jornadas nos campos ou a serviço dos Faraós, refeições matinais compostas por cerveja, pão e cebola.

 

Já na Grécia Antiga, a primeira refeição do dia, denominada “Ariston”, era uma prática comum. Essa refeição era composta por itens como pão, azeitonas, queijo, mel, frutas, leite e, em algumas regiões, pequenos peixes. Essa tradição foi várias vezes citada por Homero (928 a.C – ‎898 a.C.), o renomado autor dos tempos antigos, particularmente ao retratar em Ilíada um lenhador que, apesar do cansaço, se levantava ao amanhecer para preparar seu sustento matinal.

 

Os romanos tinham uma rotina culinária rica e diversificada, dividindo seu dia em três refeições principais e reservando um momento para um lanche vespertino.

 

A primeira refeição do dia, o “Jentaculum”, trazia à mesa um banquete matinal composto por pão, queijo, azeitonas, verduras frescas, nozes, passas e restos da carne do jantar da noite anterior. Não parava por aí: iniciavam o dia com bebidas feitas à base de vinho, como o “Mulsum”, uma deliciosa combinação de vinho, mel e uma seleção de especiarias exóticas.

 

Marcial, poeta romano notável, mencionou que essas manhãs eram frequentemente acompanhadas de iguarias doces, sugerindo: “Erga-se, pois as padarias já estão oferecendo deliciosas guloseimas matinais enquanto somos serenados pelo canto dos pássaros e iluminados pelos primeiros raios de sol.”

 

Para os soldados do imponente Império Romano, o início do dia exigia uma refeição mais robusta: o “Pulmentus”. Este prato era um mingau nutritivo feito de grãos tostados como a espelta ou a cevada, que eram moídos e cozidos até obter uma consistência cremosa.

 

Entretanto, durante a Idade Média europeia, tomar café da manhã foi visto com maus olhos e até mesmo associado ao pecado da gula, uma vez que essa refeição quebrava o jejum matinal tradicional.

 

O teólogo Tomás de Aquino (1225 – 1274), em sua obra “Summa Theologica”, classificou a prática de comer muito cedo como “Praepropere”, posicionando-a como uma das formas de se render à gula.

 

Porém, havia exceções: crianças, idosos, enfermos e trabalhadores tinham permissão para desfrutar de uma refeição matinal, ainda que modesta, geralmente consistindo de pão de centeio, queijo e cerveja.

 

Por outro lado, a elite da sociedade, especialmente nobres e membros do clero, não apenas evitavam essa refeição como também evitavam mencioná-la, tratando-a como um tabu.

 

No século XVI, o café da manhã começou a retomar seu lugar nas mesas populares. Foi o rei Francisco I da França (1494-1547) que, ao revelar sua rotina, mencionou que “despertava às 05h, fazia sua primeira refeição às 09h, jantava às 17h e se recolhia às 21h”.

 

Ao quebrar o silêncio sobre essa refeição matinal outrora considerada pecaminosa, Francisco I reintroduziu a tradição do café da manhã. Esse ressurgimento foi ainda mais reforçado quando a influente Elizabeth I (1533-1603) incluiu em seu cardápio real diário uma combinação de Ale e Bolo de aveia para começar o dia.

 

Durante a Revolução Industrial (1750-1850), as trocas comerciais e culturais tornaram-se mais frequentes, proporcionando uma revitalização na cultura do café da manhã.

Ao mesmo tempo, a introdução da eletricidade nas residências simplificou várias tarefas matinais que antes eram demoradas, dando espaço para mais inovação e variedade nos pratos servidos pela manhã.

 

A elite da virada do século XIX para o século XX adotou a tendência de designar um espaço em suas casas exclusivamente para desfrutar da primeira refeição do dia, conhecidos como “breakfast-room” ou “morning-room”, onde o café da manhã era o protagonista.

 

Na era vitoriana na Inglaterra e nos primórdios dos Estados Unidos, era comum que o café da manhã fosse uma refeição substancial. Médicos recomendavam essas refeições reforçadas, principalmente para profissionais tão atarefados que não tinham tempo para um almoço adequado.

O menu incluía itens como ovos, peixes, embutidos, cereais, frutas, pães e bebidas quentes como café ou chá, lembrando o café da manhã que conhecemos hoje.

 

No século XIX, o hábito matinal brasileiro, – descrito em “Visita nova à história antiga das horas de comer” – também chamado de “pequeno almoço”, ocorria por volta das 6h, sendo sucedido pelo almoço às 9h, o jantar às 13h e a ceia às 18h.

 

Contrariando os costumes atuais, o chá era a bebida predominante no início do dia, visto como um símbolo de sofisticação, adotado pelos lusitanos em uma tentativa de seguir as tendências francesas.

 

A sabedoria popular brasileira afirma: “café da manhã de rei, almoço de príncipe, jantar de plebeu”. Um estudo realizado em 2016 pela revista Superinteressante apontou que 88% dos brasileiros não abrem mão da primeira refeição do dia.

 

Contudo, o que se serve à mesa durante o café da manhã varia consideravelmente em todo o Brasil. A refeição matinal se torna um reflexo da rica diversidade cultural do país, manifestando-se por meio dos ingredientes locais, receitas tradicionais e sabores característicos de cada região.

  • Receitas de Pão de Queijo
  • Bolos
  • Receitas com Aveia
  • Receitas com Mandioca
  • Receitas com Polvilho
  • Receitas com Tapioca Granulada
  • Receitas sem Glúten
  • Sanduíches de Pão de Queijo
  • Tortas

O Café da Manhã Europeu

A ritualística da manhã europeia se entrelaça fortemente com as tradições culturais e os sabores que marcam gerações.

 

Ao embarcar em uma jornada pelo café da manhã típico da Europa, percebemos a vitalidade dos ingredientes e a sofisticação simples das receitas passadas de geração em geração.

 

Em sua origem, o café da manhã europeu tinha um caráter prático, focado em oferecer energia para os trabalhos diários. Contudo, com o passar do tempo, a refeição matinal se transformou em uma celebração de sabores e texturas, elevando-se ao patamar de arte culinária em muitos países.

 

Um dos protagonistas incontestáveis do café da manhã europeu é o pão. Seja na baguette francesa, no brötchen alemão ou no sourdough inglês, o pão é uma constante que varia em textura e sabor.

 

Ele serve como base perfeita para outro elemento-chave: as geléias. Com frutas frescas da estação, a Europa desenvolveu uma paixão por estas conservas doces, que são espalhadas generosamente sobre fatias de pão.

 

Croissants merecem um destaque especial. Originários da França, mas amados em todo o continente, esses folhados leves e crocantes tornaram-se símbolos de um desjejum europeu refinado. Muitas vezes, são recheados ou acompanhados de geléias, chocolate ou até mesmo queijo.

 

Falando em queijo, a Europa é um verdadeiro tesouro neste aspecto. Do brie francês ao gouda holandês, cada região tem sua especialidade. O queijo frequentemente se une a frios como presunto, salame e outras carnes curadas, oferecendo um contraponto salgado ao doce das geléias.

 

No capítulo das bebidas, o café predomina em muitos países, seja no espresso italiano ou no café com leite espanhol. No entanto, os chás também têm seu espaço, especialmente no Reino Unido com sua tradicional hora do chá.

Café da Manhã Americano

De panquecas fofas a tiras crocantes de bacon, o café da manhã americano é uma combinação de sabores, texturas e influências culturais que contam a história de um país diverso e em constante evolução.

Café da Manhã Americano

O Tradicional Café da Manhã Americano

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo “The American Table”, pode ser surpreendente descobrir que a popular dupla de ovos e bacon no café da manhã americano é uma tradição com menos de cem anos.

 

Antes dessa combinação se tornar comum, os americanos preferiam começar o dia com refeições mais simples. Muitas vezes, esses cafés da manhã não continham carnes e eram compostos por frutas, um tipo de mingau feito de grãos como aveia, trigo ou milho, acompanhado, claro, por uma xícara de café.

 

E quando isso mudou? Bom, em 1920, Sr. Edward Bernays, especializado em relações públicas e publicidade, com o intuito de aumentar o consumo de bacon dos americanos, consultou um especialista médico dentro de sua organização para saber se um café da manhã mais reforçado poderia ser mais vantajoso para os americanos.

 

O especialista concordou com a ideia, e então foi feita uma solicitação a cerca de 5 mil colegas médicos para endossar essa perspectiva. Esse “levantamento”, que promovia a ideia de um café da manhã mais robusto – incluindo o ‘bacon e ovos’ – foi amplamente divulgado em jornais e revistas populares da época, recebendo grande receptividade.

 

Para começar a entender a essência do café da manhã americano, é preciso mergulhar em seus pratos mais icônicos. Confira:

 

    • Ovos: Um ingrediente versátil que pode ser preparado de várias formas – fritos, mexidos, cozidos ou em omeletes. Muitas vezes, são acompanhados por outros ingredientes, como cogumelos, queijo e espinafre.

 

    • Bacon: Este é um clássico incontestável. As tiras de bacon fritas até ficarem crocantes são uma das marcas registradas do café da manhã americano, proporcionando um sabor salgado e uma textura que contrasta perfeitamente com pratos mais doces.

 

    • Panquecas: Espessas, fofas e frequentemente cobertas com maple syrup (xarope de bordo, em português), as panquecas são um favorito absoluto. Muitas variações existem, com adições de frutas como mirtilos ou bananas, ou até mesmo chocolate.

 

  • Waffles: Semelhantes às panquecas em termos de ingredientes, os waffles se diferenciam pela sua textura crocante por fora e macia por dentro, graças à forma especial em que são cozidos. Eles também são tradicionalmente servidos com xarope, manteiga, frutas e, às vezes, chantilly.

Influências Culturais e Regionais

A América é muitas vezes chamada de “melting pot” devido à sua diversidade cultural, e essa fusão de culturas também se reflete em sua comida. O café da manhã americano, embora tenha seus clássicos, foi influenciado e adaptado com base nas tradições de imigrantes e nas peculiaridades regionais.

 

Por exemplo, o sul dos EUA introduziu os “biscuits” (pãezinhos) e o molho, uma combinação de pãezinhos macios com um molho cremoso geralmente à base de leite, farinha e salsicha. Esta delícia é muitas vezes acompanhada por grits, uma espécie de mingau de milho.

 

No sudoeste, a influência mexicana é evidente. Ovos mexidos são servidos com tortilhas, pico de gallo, abacate e feijão preto. A migas, um prato tradicional de ovos mexidos com pedaços de tortilha, também é popular nesta região.

 

Já no Nordeste, especificamente em estados como Nova York e Nova Jersey, os bagels reinam supremos. Estes pães redondos, muitas vezes cobertos com sementes de gergelim ou papoula, são tradicionalmente servidos com cream cheese, salmão defumado e cebola roxa.

 

A influência europeia também é evidente. Os diners, ou lanchonetes clássicas americanas, frequentemente servem pratos como o “corned beef hash”, uma mistura de carne bovina curada picada com batatas e, muitas vezes, ovos.

Café da Manhã Latino-Americano

Cada país latino-americano, com suas particularidades culturais e gastronômicas, oferece um café da manhã rico em tradições e sabores.

 

Enquanto o Brasil celebra com seu pão de queijo e seu café aromático, o México nos envolve com seus tamales e sabores picantes, e a Argentina nos encanta com sua simplicidade refinada do mate e das facturas. Juntos, eles ilustram a diversidade gastronômica da América Latina.

 

Confira mais detalhes de alguns deles:

Brasil

O país tropical é conhecido mundialmente pelo seu café robusto e saboroso, que é a bebida de escolha na mesa dos brasileiros durante o café da manhã. Acompanhando essa xícara, não é raro encontrar pães frescos, muitas vezes consumidos com manteiga ou requeijão. O famoso pão de queijo é uma das estrelas matinais: um pãozinho redondo, crocante por fora e macio por dentro, feito de polvilho e queijo.

Brasil - Pão de Queijo

A tapioca é outra escolha popular e pode ser recheada tanto com ingredientes doces quanto salgados. Para quem prefere algo mais doce, bolos simples, como o bolo de fubá ou o bolo de laranja, também são clássicos da mesa de café da manhã brasileira.

México

O café da manhã mexicano é um deleite para os sentidos, com suas cores vibrantes e aromas inebriantes.

 

Os tamales são um destaque, consistindo em massas recheadas, geralmente feitas com uma mistura de milho e carne ou queijo, cozidas dentro de folhas de milho. Há também os “chilaquiles”, tortilhas crocantes em molho de tomate ou pimenta, frequentemente cobertas com creme, queijo e abacate.

 

O “huevos rancheros” é outro prato matinal popular: ovos fritos sobre tortilhas cobertos com molho de tomate picante. Para beber, além do café, muitos optam pelo “atole”, uma bebida quente à base de milho.

Argentina

O mate é presente nos costumes e no dia a dia do país, ele é consumido também no café da manhã, tradicionalmente em uma cuia e sorvido por uma bombilha, muitas vezes sendo compartilhado em grupos. Acompanhando o mate, as empanadas (especialmente em regiões do norte) podem aparecer na mesa matinal, embora sejam mais comuns em outras refeições do dia.

 

Porém, os indiscutíveis reis do café da manhã argentino são os “facturas”, uma variedade de pães doces e croissants, muitas vezes recheados com “dulce de leche”, uma espécie de caramelo cremoso amado em toda a América Latina.

Café da Manhã Asiático

A vastidão da Ásia, com sua diversidade cultural e histórica, traduz-se em uma riqueza de opções gastronômicas. Quando se trata do café da manhã, a complexidade de sabores, texturas e tradições em países como China, Japão, Índia e Tailândia é de tirar o fôlego. Vamos explorar as delícias matinais dessas nações.

China

A China, com sua diversidade de climas, culturas e recursos naturais, desenvolveu ao longo dos milênios uma variedade impressionante de pratos matinais, todos enraizados nas tradições e necessidades de suas respectivas regiões.

 

A China, sendo uma civilização antiga, tem uma longa história de produção agrícola. As dietas regionais se desenvolveram com base nos produtos disponíveis localmente. No norte, onde o clima é mais seco e frio, o trigo é o grão dominante.

 

Assim, os cafés da manhã nortenhos tendem a incluir alimentos à base de trigo, como pães cozidos no vapor e bolinhos. Por outro lado, no sul úmido e subtropical, o arroz prevalece. Aqui, pratos como o congee (um mingau de arroz) são fundamentais.

 

O congee é, sem dúvida, um dos pratos mais icônicos do café da manhã chinês. Este mingau de arroz simples, mas reconfortante, tem suas raízes na antiga China. Sua textura suave o torna facilmente digerível, sendo muitas vezes recomendado para os doentes.

 

Dependendo da região, o congee pode ser servido com diferentes guarnições, variando de legumes a carnes e peixe. O congee não é apenas um alimento, mas um símbolo de conforto e cuidado em toda a cultura chinesa.

 

O “dim sum”, tradicionalmente associado à região de Guangdong (Cantão), é uma experiência matinal em si. A tradição do “yum cha” (beber chá) nos antigos salões de chá de Cantão envolve saborear chá com uma variedade de pequenas iguarias, desde bolinhos a rolinhos primavera.

 

Esta tradição, agora popular em todo o mundo, é um reflexo da sofisticação urbana e da interação social.

China

Japão

O café da manhã japonês, conhecido como “asagohan”, é uma experiência que reflete a essência da cultura e das tradições do país. Historicamente, o café da manhã japonês era uma extensão das refeições simples que os agricultores consumiam para sustentar longas horas de trabalho no campo.

 

O arroz, o grão essencial da dieta japonesa, sempre teve um papel proeminente. Este alimento básico era frequentemente acompanhado por vegetais da estação e peixe, fornecendo uma refeição equilibrada para começar o dia.

 

O prato principal é frequentemente o arroz, acompanhado de miso soup (sopa de miso com tofu e algas). Além disso, peixe grelhado, legumes em conserva, omelete doce (tamagoyaki) e nori (alga seca) são comuns. A apresentação é uma parte crucial da refeição, refletindo a estética japonesa de harmonia e equilíbrio.

Índia

Historicamente, o café da manhã na Índia era centrado em torno dos grãos que eram cultivados regionalmente. Enquanto o norte da Índia se inclinava para trigo e milheto, o sul priorizava o arroz e o sorgo. Isso se reflete nos pratos típicos de cada região até hoje.

 

No norte da Índia, a paratha, uma espécie de pão achatado geralmente recheado com vegetais ou queijo, é uma escolha popular, frequentemente acompanhada de iogurte ou chutney. No sul, idli (bolinhos de arroz fermentados) e dosa (uma panqueca fina e crocante feita de lentilhas e arroz) são os favoritos, servidos com sambar (um tipo de sopa) e coco chutney.

India

O vegetarianismo é uma prática comum na Índia, muito influenciada pelas crenças religiosas hindus, jainistas e outras. Muitos pratos de café da manhã são vegetarianos e são preparados de maneira a equilibrar os doshas (energias vitais) conforme os ensinamentos do Ayurveda, o antigo sistema médico da Índia.

Tailândia

A Tailândia, conhecida como “A Terra dos Sorrisos”, é também uma terra de contrastes culinários. Quando se trata de café da manhã, a Tailândia tem uma abordagem única que reflete sua diversidade cultural.

 

Uma das primeiras coisas que um visitante na Tailândia pode notar é a natureza onipresente da comida. Barracas de rua servem pratos quentes desde o amanhecer até tarde da noite.

 

Isso faz com que a distinção entre café da manhã e outras refeições não seja tão rigorosa como em muitas outras culturas. De fato, muitos tailandeses começam o dia com pratos que, para os padrões ocidentais, poderiam ser considerados almoço ou jantar.

 

O “jok” é a versão tailandesa do congee, frequentemente adornado com carne de porco picada, gengibre e cebolinha. Além disso, é comum ver vendedores de rua oferecendo pratos como “pad thai” (um prato de macarrão frito) ou sopas picantes de carne ou frango logo cedo.

Café da Manhã do Oriente Médio

O café da manhã no Oriente Médio é uma celebração diária da abundância e diversidade da região. Cada prato serve como um testemunho de uma grande variedade cultural e dos ingredientes locais, cultivados sob o sol do deserto e colhidos em terras férteis.

 

É uma refeição que satisfaz tanto o corpo quanto a alma, com sua combinação de sabores robustos, texturas contrastantes e a quintessência da hospitalidade árabe.

Pratos Típicos do Café da Manhã do Oriente Médio:

  • Omelete de Za’atar: O za’atar é uma mistura tradicional de especiarias do Oriente Médio que combina tomilho, gergelim e sumagre. Uma omelete polvilhada ou misturada com za’atar se torna um deleite aromático, trazendo a quintessência dos sabores do deserto para a mesa do café da manhã.
 
  • Labneh: Trata-se de um iogurte espesso e cremoso, drenado de seu soro. É frequentemente coberto com azeite de oliva e pode ser polvilhado com za’atar ou ervas frescas. O labneh é espalhado em pão ou usado como dip (creme) para vegetais frescos.
 
  • Pães Árabes: Talvez o mais famoso seja o pão pita, que é macio, inflado e perfeito para rechear ou mergulhar. Há também o manaqish, um pão achatado coberto com za’atar ou outros ingredientes, e o laffa, um pão envolvente que é especialmente popular em algumas áreas.
 
  • Chá de Hortelã: Enquanto o café é uma bebida matinal popular em muitos países do Oriente Médio, o chá de hortelã ocupa um lugar especial, especialmente em nações como Marrocos e Líbano. Refrescante, aromático e levemente adocicado, é a bebida perfeita para começar o dia.

A Essência das Especiarias e Ingredientes Locais

O que distingue o café da manhã do Oriente Médio é seu uso generoso de especiarias e ingredientes autênticos. Ingredientes como tâmaras, azeitonas, queijos locais e nozes estão frequentemente presentes na mesa. A azeitona, com sua textura carnuda e sabor rico, geralmente é acompanhada de queijos salgados, como o feta ou halloumi.

 

As especiarias são a alma da culinária do Oriente Médio. Além do já mencionado za’atar, o café da manhã pode ser realçado com sumagre, uma especiaria azeda e frutada, e o cominho, com seu aroma terroso e sabor picante. O açafrão, com seu tom dourado e sabor distinto, também pode ser encontrado em alguns pratos.

 

O mel, frequentemente usado para adoçar pratos ou simplesmente regar sobre o pão fresco, tem um sabor e caráter distintos dependendo de sua origem regional. Em muitos lugares, é comum encontrar favo de mel inteiro servido no café da manhã.

Café da Manhã Africano

Já é esperado que o café da manhã africano varie consideravelmente de uma região para outra. No entanto, também há algumas semelhanças que podemos identificar, especialmente no uso de ingredientes locais e na preparação de alimentos básicos que servem de base para muitos pratos.

 

Diferenças Regionais:

  • África Oriental: Nesta região, o café da manhã muitas vezes inclui injera, uma espécie de pão azedo feito de farinha de tef. É servido frequentemente com acompanhamentos como legumes, ensopados ou até mesmo omeletes. O chá é a bebida predominante, muitas vezes adoçado e aromatizado com especiarias locais.
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  • África Ocidental: O fufu, uma pasta feita de vegetais cozidos como mandioca, inhame ou bananas-da-terra, é um alimento básico. Pode ser servido com sopas ou ensopados. Mandioca, tanto em forma de pão quanto frita, também é comum. O chá, muitas vezes forte e doce, é uma bebida popular pela manhã.
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  • África Austral: O café da manhã pode incluir mingaus de cereais, como milho ou sorgo, servidos com leite ou açúcar. O chá de rooibos, uma infusão única da região e sem cafeína, é amplamente consumido, especialmente na África do Sul.
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  • África do Norte: Influenciada pela culinária árabe, a região tem um café da manhã rico em pães, como o pão achatado, acompanhados de azeitonas, queijos e pastas como hummus. Chá de menta é uma escolha comum para iniciar o dia.
 

Apesar das diferenças regionais, existem semelhanças na maneira como o café da manhã é abordado na África.

 

Em muitas culturas, o café da manhã é uma refeição que valoriza os ingredientes locais. A mandioca, por exemplo, é um alimento básico em muitos países e pode ser encontrada de várias formas na primeira refeição do dia.

 

O chá, seja ele de rooibos, menta ou chá preto, é uma constante em muitos países africanos, refletindo o amor do continente por bebidas quentes e reconfortantes.

Receitas Deliciosas para o seu Café da Manhã

Começar o dia com um café da manhã saboroso é essencial para energizar o corpo e a mente. Delicie-se com essas receitas – inspiradas em tradições matinais do Brasil – simples e incríveis para você incluir no seu café da manhã!

Este é uma variação do tradicional pão de queijo, porém com uma textura que lembra um biscoito crocante por fora e macio por dentro. Assim como o tradicional, ele é feito à base de polvilho, mas é mais fácil de modelar, é usada uma manga de confeiteiro neste processo o que facilita a modelagem.

Quer inovar na maneira de fazer pão de queijo? Essa receita é a solução! Preparado diretamente na sanduicheira, o resultado são sanduíches parcialmente crocantes, dourados e com o autêntico sabor do pão de queijo.

Ao contrário do tradicional cuscuz de tapioca, esse bolo é feito com tapioca granulada e assado no forno. A textura é incrivelmente fofinha e o sabor, inigualável. Ideal para servir como sobremesa ou no café da manhã.

Se você busca um lanche rápido, saboroso e sem sujar muita louça, o pão de queijo de frigideira é a pedida certa. Em menos de 15 minutos, você tem pães de queijo douradinhos e prontos para serem degustados. A consistência é macia por dentro e levemente crocante por fora.

Para aqueles que desejam otimizar o tempo, essa opção de preparo do pão de queijo é excelente. Feito na batedeira, o processo é simplificado, garantindo uma massa homogênea e fácil de modelar. Além de prático, o sabor e a textura não deixam a desejar, resultando em pães de queijo dourados, aerados e deliciosos.